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Mulher com perfeccionismo, anotando coisas num quadro.

Perfeccionismo é um defeito

Retrata-se o perfeccionismo como uma qualidade admirável, associado à busca pela excelência e ao comprometimento com o sucesso. No entanto, por trás dessa fachada de virtude, reside um defeito que pode pesar significativamente em nossa rotina e bem-estar. Muitas vezes, o perfeccionismo nos impulsiona a estabelecer padrões irreais para nós mesmos, levando a uma constante insatisfação e ansiedade. Nesta reflexão, exploraremos como essa busca implacável pela perfeição pode se tornar uma armadilha prejudicial, impactando nossa saúde mental e qualidade de vida.

O que é perfeccionismo?

O perfeccionismo, antes de mais nada, é muitas vezes mal compreendido como um traço positivo, na realidade, é uma armadilha que pode prejudicar nosso bem-estar emocional. É a incessante busca pela perfeição em tudo o que fazemos, uma exigência implacável que nos leva a estabelecer padrões impossíveis de alcançar.

No contexto da maternidade, as mães frequentemente prendem-se nesta teia de perfeccionismo, buscando serem mães perfeitas para seus filhos. Elas se sentem pressionadas a atender a todas as demandas da maternidade, desde a amamentação exclusiva até a organização de atividades educativas, sem jamais falhar. Quando não conseguem atingir esses ideais inalcançáveis, podem se sentir profundamente culpadas e inadequadas.

Por exemplo, uma mãe pode se culpar por não conseguir passar tempo suficiente com seus filhos devido a obrigações profissionais, ou por não ser capaz de proporcionar uma alimentação 100% saudável o tempo todo. Essa cobrança constante pode levar a sentimentos de ansiedade, estresse e autoestima prejudicada e está intimamente ligada ao cansaço materno exacerbado.

É importante reconhecer que a perfeição é uma ilusão e que todos nós somos humanos, sujeitos a cometer erros e enfrentar desafios. Aceitar nossas imperfeições e aprender a nos amar e nos perdoar é essencial para cultivar uma mentalidade mais saudável e compassiva em relação a nós mesmos e aos outros.

Aceitação da imperfeição

Primeiramente, aceitar a imperfeição, de maneira particular na maternidade, é reconhecer que não é possível alcançar a perfeição e que está tudo bem cometer erros. A ideia é não dar a mesma importância aos detalhes que às grandes coisas e compreender que errar é humano. No entanto, quando nos entregamos ao perfeccionismo, tornamo-nos inflexíveis, exigindo um padrão irrealista de nós mesmos. Isso tem um alto custo emocional, levando a sentimentos de culpa, ansiedade e inadequação, por exemplo.

A chave para viver uma maternidade mais leve é, de fato, a aceitação da imperfeição. Ao adotar uma abordagem mais flexível e compassiva consigo mesma, podemos reduzir o peso das expectativas irreais e valorizar o esforço e o amor dedicados a qualquer compromisso, incluindo a criação dos filhos. Reconhecer que está tudo bem não ser perfeita é libertador e nos permite desfrutar mais plenamente do momento presente.

A terapia é uma ferramenta valiosa nesse processo de aceitação. Ao trabalhar com um terapeuta, podemos explorar nossas crenças e padrões de pensamento, aprender a lidar com a autocrítica e desenvolver estratégias saudáveis para lidar com o estresse e a pressão. Ao cultivar uma mentalidade mais gentil e tolerante conosco mesmos, podemos viver uma vida mais leve e gratificante, tanto como mães quanto como indivíduos. Por último, mas não menos importante, anote isto: vale a pena descobrir que às vezes – quase sempre – o “feito é melhor que o perfeito”.

Geise Devit é casada, mãe de 8, consagrada da Comunidade Filhos da Cruz e psicóloga. Uma mulher alegre e decidida, que encontrou realização e um sentido para vida na missão, em ajudar os outros, em escutar, em acolher as dificuldades como psicóloga.

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